SEXO é prosa AMOR é poesia

Sexo é diferente de Amor.

Sexo é sexo, amor é… Bem, amor não é algo que possa ser explicado em uma palavra. Aliás, sexo É uma palavra, amor é um DICIONÁRIO. Sexo é conversa monossilábica entre maconheiros, amor é um debate entre Jesus, Gandhi, Sócrates, Barack Obama e Steve Jobs…

Sexo é um motel para entrar às dez e sair meia-noite. Amor é uma casa que entramos e optamos por NUNCA mais sair. Sexo é transar no banheiro de uma festa com a porta aberta. Amor é entrar, trancar a porta e jogar a chave fora. Sexo é uma barraca de acampamento embaixo de uma garoa. Amor é um abrigo de alvenaria suportando uma tempestade de granizo. O desafio da palavra sexo é conseguir pegá-la, pegá-la de qualquer jeito, sem hora nem lugar. O desafio da palavra amor é conseguir mantê-la, de TODOS os jeitos, em TODAS as horas e em TODOS os lugares. Sexo é cobrança, é troca de fluídos, de bactérias, sexo é exigente. Amor, o amor é humilde, é troca de desejos, de sonhos, de corpos. No sexo existem dois corpos, no amor existe um só. o Amor virá para nos salvar e não pedirá NADA em troca, nada. Nada, exceto que nos doemos por INTEIRO.

Sexo é segurar a mão de uma menina de 18 anos e a levar para casa depois do primeiro encontro. Amor é segurar a mão dela 85 anos depois numa sala de UTI de pacientes em estado terminal e dizer: “Calma, eu estou te levando pra casa, denovo”.

Sexo é gritar… amor é olhar.

Sexo é uma final de campeonato Brasileiro entre Corinthians e Palmeiras, Ponte Preta e Guarani ou Atético Paranaense e Coritiba. Amor é uma final de Copa do Mundo entre Brasil e Angola, com todo mundo torcendo para a Angola.

O Amor, dona Rita Lee, não nos torna patéticos. O que nos torna patéticos é fazer sexo como um bando de epiléticos. E já que a senhora tocou no assunto: amor sem sexo é sim amizade, mas sexo sem amor… ah, sexo sem amor não é vontade…

é M-A-S-T-U-R-B-A-Ç-Ã-O!

Sexo é Funk, amor é Djavan. Sexo é ‘só as cachorras’. Sexo e agonia nunca cerraram fogo no espaço, mas sim o amor, ele e a agonia brigam por horas a fio. O coração de quem faz sexo acelera, palpita, sai pela boca. Sexo é uma Hiena traiçoeira, que ataca a todos que não tem sua altura. Já o amor é como um raio, galopando em desafio, abrindo fendas, cobrindo vales, revoltando as águas dos rios. E quanto ao coração palpitante? Ah, o coração de quem ama… O coração de quem ama, fica faltando um pedaço… que nem a lua minguando, que nem eu nos teus braços.

Por essas e outras, dona Rita Lee, que amor não é prosa e sexo não é poesia. Sexo é Prosa e Amor… Amor é Poesia. Por essas e outras, que eu me recuso a fazer sexo. E quem me ensinou isso, foi o dia 22 de Maio de 2010.

E você?